Anatomia Feminina: por que é tão importante entender nosso corpo?

Entender a anatomia feminina é saber como o nosso corpo e cada parte dele funcionam. Mais do que poder identificar possíveis problemas, é uma forma de autoconhecimento e um ato essencial para nossa saúde como um todo.

Assim, além de termos o necessário para uma higiene adequada e uma vida sexual saudável, somos capazes de transformar para melhor a relação que temos com nossos corpos.

Então pega o espelhinho e vamos conhecer nosso próprio corpo!

Começando pelo começo…

Tudo o que você precisa saber sobre a genitália feminina


Anatomia Feminina

Genitália Externa

São as partes que conseguimos enxergar e nela estão: a vulva, o monte pubiano, o clitóris, os grandes lábios, os pequenos lábios, as glândulas de Skene, as glândulas de Bartholin, a fúrcula vaginal e o ânus. 

  • Vulva: órgão externo da genitália feminina formado pelo monte pubiano, clitóris, pequenos e grandes lábios.
  • Monte pubiano: parte mais exposta da nossa genitália que cobre o osso pubiano.
  • Clitóris: ao abrir os lábios da vulva é possível enxergar o órgão, pequeno e arredondado, o clitóris fica acima da entrada da uretra. Tem como objetivo o prazer e, por isso, é a parte mais sensível ao toque da vagina. O estímulo sexual, causado pelo contato e fricção nessa parte, pode a levar ao orgasmo. 
  • Grandes Lábios: camada de pele mais externa da vulva, que se sobrepõe aos pequenos lábios. Iniciam no monte pubiano e terminam no períneo. Tem como objetivo proteger a abertura da vagina e da uretra. 
  • Pequenos Lábios: ao afastar os grandes lábios, conseguimos enxergar os pequenos. É uma camada de pele, sem pelos, que, assim como os grandes lábios, tem como função a proteção do canal vaginal e da uretra. Quando existe estímulo sexual, incham e ficam mais sensíveis. 
  • Glândulas de Bartholin: ficam nos pequenos lábios e são responsáveis pela liberação do fluído que facilita a lubrificação e auxilia na penetração, durante o ato sexual.
  • Glândulas de Skene: estão localizadas na vulva, próximas à uretra.  Assim como as glândulas de Bartholin, são responsáveis pela lubrificação da genitália, principalmente mais próximo à uretra.
  • Fúrcula Vaginal: é a parte que circunda  as glândulas de Skene e os orifícios da uretra e da vagina.

Veja a imagem para entender melhor!

Genitália Feminina Externa
Genitália feminina externa.

Anatomia Feminina

Genitália Interna

É a parte que contém a vagina, colo uterino, útero, tubas uterinas e ovários.

  • Vagina: canal entre a vulva e o colo do útero. Além de receber o pênis durante relações sexuais com penetração, é por onde a acontece a saída do sangue menstrual e também por onde saem os bebês em partos naturais.
  • Colo Uterino: entrada do útero.
  • Útero: Fica na região inferior da pelve e tem como função receber o feto para desenvolver uma possível gravidez.
  • Tubas uterinas: é o local onde o espermatozoide encontra o óvulo que foi liberado.
  • Ovários: onde os óvulos ficam armazenados e onde são produzidos alguns hormônios importantes para o corpo como um todo, como o estrogênio e a progesterona.

Confira a imagem abaixo para saber onde fica cada parte:

Genitália Feminina Interna
Genitália feminina interna.

Sempre quis saber… Minha vagina é normal? 

Mas é claro! Não existe um padrão entre vaginas. 

Nós, mulheres, fomos acostumadas a nos comparar, duvidar, do nosso corpo e, assim, questionar o nossa beleza e valor. Fomos ensinadas a ter vergonha de falar sobre menstruação, sexo e sobre nossas partes íntimas. Além disso, padrões ultrapassados e irreais sobre como deve ser nossa aparência ainda são perpetuados nos dias de hoje. E por não conseguirmos enxergar a realidade, ficamos insatisfeitas com nossas particularidades e desenvolvemos um tipo de insegurança. 

E é por isso que fazemos questionamentos como esse. Mas fique tranquila! Sua vagina é normal e você também. Uma pesquisa publicada na revista especializada BJOG: An International Journal of Obstetrics and Gynaecology revela que não existe um padrão para vaginas. De acordo com os resultados, a variedade das medidas da genitália feminina é tão extensa que se torna impossível identificar um padrão “normal”. 

Entretanto, é importante saber que a anatomia feminina, assim como qualquer outra parte do corpo, pode apresentar algumas disfunções. 

Disfunções em relação a anatomia feminina? Como assim?  

Vamos entender a quais problemas precisamos ficar atentas. 

Dar a devida atenção ao nosso corpo é essencial! Do mesmo jeito que podemos ter disfunções na pele, no coração, nos pulmões ou em qualquer outro órgão, também podemos ter na genitália. 

Esses distúrbios relacionados à anatomia feminina podem causar desconforto e prejudicar a qualidade de vida de muitas mulheres. São eles:

  • Vaginismo: são contrações involuntárias dos músculos da parede vaginal no momento da penetração fazem ato sexual ser doloroso ou impossível. 
  • Dispareunia: dor durante a tentativa de penetração vaginal ou durante a penetração vaginal ou relação sexual. 
  • Bartholinite: é a inflamação das glândulas de Bartholin, que geralmente se apresenta com um cisto doloroso, que pode ou não ter pus (se tiver, é chamado de abcesso). Essa disfunção pode causar, além de muita dor local, impossibilidade de usar roupas justas, produção de secreção amarela ou esverdeada e até febre;
  • Foliculite de grandes lábios: inflamação de um ou mais pêlos pubianos, que pode causar dor local e incômodos estéticos com a genitália externa;
  • Hipertrofia de pequenos lábios: disfunção em que os pequenos lábios têm excesso de pele, podendo causar desconforto e dor em atividades do dia a dia, como durante o uso de roupas mais justas, durante a relação sexual e também pode atrapalhar na higiene íntima;
  • Salpingite: inflamação das tubas uterinas, que pode ser motivo de dor ou infertilidade e geralmente tem como causa algumas doenças sexualmente transmissíveis;
  • Mioma: desenvolvimento atípico de células de músculo liso no corpo do útero, sendo o tumor ginecológico benigno mais comum. Podem ser assintomáticos ou podem causar dor, sangramentos e até infertilidade;
  • Pólipos uterinos: são nódulos de tecido que crescem na camada mais interna do nosso útero, o endométrio. Eles podem ser assintomáticos, mas também podem causar sangramento uterino anormal e até mesmo infertilidade.

Por isso, é mais que imprescindível fazer consultas e exames periódicos, além de buscar se manter informada sobre como seu corpo funciona.

 Se você quer saber mais sobre a anatomia feminina ou desconfia de que possa ter alguma disfunção e quer entender o porquê, converse com a sua ginecologista! 

Aqui, na Dedicae, nos importamos muito com o seu bem-estar e conhecer o seu corpo é parte essencial para estar bem! 

Conte sempre com a gente! Dedicae: dedicadas a você.

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